Estamos sendo desafiados
Enquanto continuamos a abrir os nossos corações, mentes e
almas ao processo de vida consciente, estamos começando a sentir as inúmeras
mudanças e transformações de uma nova forma. Parece que quanto mais entramos no
fluxo e refluxo da mudança e fazemos a escolha de despertarmos, mais nos
conscientizamos das energias sutis e dos insights que estão fluindo na
consciência. Esta consciência permite que cada um de nós deixe ir a resistência
e avance mais naturalmente com o ritmo rápido da mudança.
Estamos sendo desafiados em muitos níveis para deixarmos ir, enfrentarmos os
nossos medos, curarmo-nos e nos tornarmos íntegros, e embora isto possa nos
manter trancados a ciclos e padrões de dúvida e de angústia, ao mesmo tempo
estamos acessando um novo nível de percepção que ultrapassa a angústia e nos
mantêm plenamente despertos e conectados. Como resultado, está se tornando mais
fácil superarmos o medo e aceitarmos a Verdade e o Amor, pois estes se
encontram no centro de tudo.
A Verdade é uma coisa engraçada, pois não pode haver “certo” ou “errado”, pois
isto é pessoal, para todos e cada um de nós. Quer estejamos ou não de acordo
com a “Verdade” do outro, é uma questão completamente diferente, mas hoje isto
não é o foco destas palavras.
Todos nós somos seres únicos e vibramos em níveis e frequências diferentes.
Naturalmente, temos atributos comuns do ser humano, mas não somos iguais, pois
embora formemos o todo em conjunto, cada um de nós tem um papel único a
desempenhar no vasto panorama do Universo. No entanto, muitos se apegam às
“Verdades” dos outros, como indicadores ou sinais no caminho da vida, e embora
não haja dúvida de que podemos receber jóias de sabedoria e parcelas de
conhecimento das experiências de outros, ao mesmo tempo, devemos estar
preparados para nos abrirmos e encontrarmos a nossa própria Verdade, pois é
isto que acabará por nos guiar adiante na vida, e além.
O amor é muitas vezes incompreendido, mas é uma poderosa força Universal, que a
tudo define e molda. De certa forma, o Amor supera a Verdade, pois sem Amor,
como podemos compreender ou aceitar a Verdade? O amor é mais do que as
palavras. É um modo de ser e de viver. O amor abre os nossos corações, mente e
almas para sermos humanos, espiritualizados e Íntegros, pois é a energia que
nos conecta e nos une. O Amor é a força que nos inspira e nos fortalece.
Naturalmente, tal força pode levar à discórdia e à raiva, pois muitos se perdem
em jogos de poder e negação, mas, no final do dia, o Amor é a inspiração para
nos trazer de volta para nós mesmos, ao Divino e à Integridade.
Assim, enquanto continuamos a navegar nas ondas da mudança, estamos nos
aproximando cada vez mais da Verdade e do Amor, e isto parece emocionante,
inspirador, mas um pouco irritante, ao mesmo tempo.
Estamos agora sendo desafiados a nos interiorizarmos profundamente para
enfrentarmos os nossos “demônios” e deixarmos ir o medo. O medo chega de todas
as formas e tamanhos, e se deixado sem solução ou não sendo reconhecido, ele
pode envenenar o espírito e se tornar tóxico. Esta toxicidade pode levar a um
tipo de paralisia energética que nos liga ao medo e nos mantém congelados e
imóveis, incapazes de avançar e com medo da vida.
Sabemos, intuitivamente, que precisamos enfrentar estes medos para nos curarmos
e nos tornarmos íntegros, mas quando o medo tem esta influência poderosa sobre
nós, pode ser difícil encontrarmos o caminho para a liberdade. Quanto mais
olhamos e lutamos, mais confusos ficamos. Parece que precisamos agora deixar de
repelir o medo como algum poder “tenebroso”, ou indesejável, e em vez disto
trazê-lo novamente aos nossos corações com amor.
O medo é semelhante a nossa criança ou eu interior, encolhido em um canto, com
medo de enfrentar um ou muitos aspectos da vida. Ao usarmos esta imagem,
podemos ver que a maneira de superarmos isto, é nos interiorizarmos gentilmente
e segurarmos a mão de nossa criança interior, abraçá-la e inundá-la com amor.
Lutar ou conquistar o medo não o fará ir embora, mas amar a força por trás do
medo pode mudar a sua forma e, com o tempo, o medo desaparece.
Muitos passam as suas vidas em uma consciência do medo e, eventualmente, ele se
torna a força que nos define. Nós o rechaçamos, tentando desesperadamente
encontrar a felicidade, mas é o ato de repeli-lo, que nos leva para mais longe
ainda do que buscamos. Não é fácil aceitar ou amar o medo, mas a única maneira
de superá-lo é reconhecê-lo e libertá-lo. Quanto mais o combatemos, maior ele
se torna, e como o monstro no armário proverbial, perdemo-nos na batalha e a
visão da grande cena. Colocamos o monstro no armário e temos a escolha de
libertá-lo, mas ao fazermos isto com amor, permite-nos a reconexão com o nosso
poder e a nossa Verdade.
Assim, continuamos a compreender o conceito de vivermos conscientemente. Parece
claro que precisamos romper estes ciclos e padrões de uma vez por todas, pois
vivermos livremente é o caminho para vivermos conscientemente...
Sarah-Jane Grace