quarta-feira, 8 de julho de 2015

GRÉCIA - O QUE NÃO ESTÁ SENDO DITO PELA MÍDIA


GRÉCIA - O QUE NÃO ESTÁ SENDO DITO PELA MÍDIA




De acordo com a grande mídia, a atual crise econômica na Grécia é devido ao fato do governo gastar muito dinheiro com seu povo e que por isso faliu. Contudo, esta alegação é uma mentira. Foram os bancos que destruíram o país para que oligarcas e corporações internacionais pudessem se beneficiar.


Cada mídia em si, tem a seguinte narrativa para a crise econômica na Grécia: o governo gastou muito dinheiro e foi à falência; os bancos generosos lhes deram dinheiro, todavia, a Grécia ainda não pode pagar as contas por ter mal administrado o dinheiro que lhe foi dado. Parece bastante razoável, certo?


Exceto que é uma grande mentira... não só a Grécia, como outros países europeus, como a Espanha, Portugal, Itália e Irlanda estão enfrentando vários graus de austeridade. Esta também foi a mesma grande e gorda mentira usada por bancos e corporações, para explorar muitos países latino-americanos, asiáticos e africanos por muitas décadas.


A Grécia não caiu por si só. Ela foi levada a cair.


Em resumo, os bancos destruíram o governo grego, deliberadamente empurrando-o numa dívida insustentável para que oligarcas e corporações internacionais pudessem lucrar com o caos e a miséria.


Se você é fã de filmes da máfia, sabe como ela iria assumir um restaurante popular. Primeiro, faria algo para prejudicar a atividade comercial - palco de um assassinato no restaurante ou iniciar um incêndio. Quando o negócio começasse a ser prejudicado, o padrinho generosamente ofereceria algum dinheiro como um símbolo de amizade. Em troca, o polegar gorduroso assumiria a contabilidade do restaurante, Big Joey estaria encarregado das aquisições e assim por diante. Escusado será dizer, que será uma queda em espiral na miséria do proprietário do restaurante, que em breve estará falido e, se tiver sorte, vivo.


Agora, vamos mapear a atividade mafiosa no financiamento internacional em quatro fases.


Fase 1 : A primeira e principal razão da Grécia começar a ter problemas, foi a "grande crise financeira" de 2008, uma ideia de Wall Street e dos banqueiros internacionais. E só lembrar que os bancos surgiram com uma ideia incrível de conceder hipotecas subprime para qualquer um que pudesse embaçar um espelho. Então, empacotaram todas essas bombas financeiras ativadas e as venderam como "títulos lastreados em hipotecas", com um lucro enorme para várias entidades financeiras em países ao redor do mundo.


Um grande facilitador dessa atividade criminosa, foi outro ramo do sistema bancário, o grupo de agências de notação - S & P, Fitch e a Moody’s - que deu classificações estelares a estes produtos financeiros destinados a falir. Políticos sem escrúpulos, como Tony Blair foram pagos por bancos grandes para venderem esses títulos perigosos para os fundos de pensão, municípios e países da Europa. Bancos e gurus de Wall Street fizeram centenas de bilhões de dólares neste esquema.


Todavia, esta foi apenas fase 1 dessa enorme farsa. Havia muito mais lucro a vista nas próximas três etapas!


Fase 2: É quando as bombas-relógios financeiras explodiram. Bancos comerciais e de investimentos em todo mundo começaram a desmoronar em questão de semanas. Os governos a nível locais e regionais viram seus investimentos e ativos se evaporarem. Caos em toda parte!


Abutres, como Goldman Sachs e outros grandes bancos lucraram enormemente de três maneiras. Primeiro: Poderiam comprar outros bancos como Lehman Brothers e o Washington Mutual por tostões de dólar. Segundo: Mais horrendo ainda, a Goldman Sachs e informantes, como John Paulson (que recentemente doou US $ 400 milhões para Harvard) fizeram apostas que esses títulos iriam explodir . Paulson fez bilhões, com os meios de comunicações comemorando sua perspicácia. (Numa analogia, imagine os terroristas apostando no 11/09 e lucrarem com isso.) Terceiro: Para esfregar sal na ferida, os grandes bancos exigiram um resgate dos próprios cidadãos, cujas vidas os banqueiros haviam arruinado! Banqueiros são ousados. Nos EUA, possuem centenas de bilhões de dólares dos contribuintes e trilhões do Banco da Reserva Federal , que é nada mais que uma frente de grupo de banqueiros.


Na Grécia, os bancos nacionais tiveram mais de US $ 30 bilhões sacados pelo povo grego. Deixe que afundem por um momento - O governo grego supostamente irresponsável, tinha de socorrer esses banqueiros capitalistas caras de pau.


Fase 3: É quando os bancos forçam os governos a aceitarem enormes dívidas. Uma metáfora na biologia: considere um vírus ou uma bactéria. Todos têm estratégias únicas para enfraquecer o sistema imunológico do hospedeiro. Uma das técnicas comprovadas, utilizadas pelos banqueiros parasitas internacionais é a de rebaixar os títulos de um país. E isso é exatamente o que os banqueiros fizeram, a partir do final de 2009. Imediatamente fizeram com que as taxas de juro ("rendimentos") sobre tais títulos aumentassem, tornando-se cada vez mais caro para um país a pedir dinheiro emprestado ou mesmo apenas rolar os compromissos existentes.


De 2009 a meados de 2010, os rendimentos dos títulos gregos de 10 anos quase triplicaram! Esta cruel agressão financeira colocou o governo grego de joelhos e os banqueiros ganharam seu primeiro acordo da dívida de gritantes 110 bilhões de Euros.


Bancos também controlam a política das nações. Em 2011, quando o primeiro-ministro grego recusou-se a aceitar um segundo resgate maciço, os bancos o forçaram sua renuncia, substituindo-o imediatamente com o vice-presidente do BCE (Banco Central Europeu)! Nenhuma eleição foi necessária. Contorções da democracia. E o que esse novo cara fez? Assinou na linha pontilhada de todos os documentos que os banqueiros trouxeram.


(A propósito, no dia seguinte, a mesma coisa aconteceu na Itália, onde o primeiro-ministro demitiu-se, apenas para ser substituído por fantoche de um banqueiro/economista. Dez dias mais tarde, a Espanha teve uma eleição prematura, onde um fantoche banqueiro ganhou as eleições), com os mestres dos fantoches tendo seu melhor mês, já em Novembro de 2011.


Alguns meses mais tarde, em 2012, a manipulação exata do mercado de títulos foi utilizada, quando banqueiros aumentaram os rendimentos dos títulos gregos para 50%!!! Este terrorismo financeiro teve imediatamente o efeito desejado: O parlamento grego concordou com um segundo resgate maciço, ainda maior do que o primeiro.


Agora, aqui está outro fato que a maioria das pessoas não entende. Os empréstimos não são apenas simples empréstimos como de um cartão de crédito ou banco. São empréstimos vêm com cordas muito especiais atadas, que exigem a privatização dos ativos de um país. Se já assistiu Godfather III, irá se lembrar de Hyman Roth, o investidor que retalhou Cuba entre seus amigos. Substitua Hyman Roth pela Goldman Sachs ou o FMI (Fundo Monetário Internacional) ou do BCE, e terá o retrato da situação.


Fase 4 : Agora, o estupro e humilhação de uma nação começa sob o nome de "austeridade" ou "Reformas estruturais". Para a dívida que foi lançada sobre ela, a Grécia teve que vender muitos de seus ativos rentáveis ​​para oligarcas e corporações internacionais. E as privatizações são implacáveis, envolvendo tudo e qualquer coisa que seja rentável, incluindo água, eletricidade, correios, serviços aeroportuários, bancos nacionais, telecomunicação, autoridades portuárias (que é enorme em num país que é líder mundial em transporte marítimo) etc. Claro que os banqueiros, sempre manipuladores nem sempre exigem a privatização imediata de todos os meios, significando que o país recebe âncoras fotogênicas de TV que vomitam propagandas de estabelecimento todos os dias, dizendo ao povo que os corruptos e gananciosos banqueiros são salvadores e que a escravidão sob a austeridade é a melhor a alternativa.


Além disso, os tiranos banqueiros também ditam cada item de linha única no orçamento do governo. Cortar gastos militares? NÃO! Aumentar o imposto sobre os oligarcas ou grandes corporações? NÃO! Tal microgestão não é existente em nenhuma outra relação credor/devedor.


Então o que acontece depois da privatização e despotismo por banqueiros? Claro, as receitas do governo caem aumentando a dívida ainda mais. Como "consertar" isso? Claro, cortando gastos! Demitindo funcionários públicos, reduzindo o salário mínimo, corte de pensões (o mesmo que nossa previdência social), corte de serviços públicos e aumento de impostos sobre coisas que afetariam 99% e não a 1% da população. Por exemplo, a pensão foi cortada ao meio e imposto sobre as vendas aumentado em mais de 20%. Todas estas medidas resultaram no fato da Grécia estar passando por uma calamidade financeira, pior do que a Grande Depressão dos EUA, na década de 1930.


Depois de tudo isso, qual é a solução proposta pelos banqueiros sem coração? Impostos cada vez mais altos! Mais cortes de pensões! É preciso um tipo especial de psicopata para colocar um país na austeridade, um holocausto econômico.


Se cada pessoa grega tivesse conhecido a verdade sobre austeridade, não teria caído nessa. O mesmo vale para Espanha, Itália, Portugal, Irlanda e outros países que atravessam austeridade. O aspecto triste de tudo isso é que estass não são estratégias únicas. Desde a Segunda Guerra Mundial, essas práticas predatórias têm sido usados ​​inúmeras vezes pelo FMI e pelo Banco Mundial na América Latina, Ásia e África.


Esta é a essência da Nova Ordem Mundial - um mundo de propriedade de um punhado de corporações e bancos; um mundo que está cheio de servos obedientes e impotentes pela dívida.


Então, é hora do orgulhoso povo da Grécia se erguer como Zeus e dizer NÃO ("OXI" na Grécia) aos mestres dos gananciosos fantoches, oligarcas, banqueiros parasitas e políticos corruptos.


Amada Grécia, sabemos que o mundo está rezando e torcendo por você. Este fim de semana (5 de Julho passado), vote NÃO à austeridade. Diga SIM à liberdade, independência, autogoverno, soberania e democracia. Ide às urnas neste fim de semana e deem uma sonora e clara vitória para 99% dos gregos, europeus e todo o mundo ocidental.




Autor: Chris Kanthan / Nationofchange.org
Fonte: http://www.filmsforaction.org/author/chris-kanthan/
Tradução: Sementes das Estrelas / Candido Pedro Jorge

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