quarta-feira, 22 de abril de 2015
ESCOLHENDO A BEIRA DO PENHASCO NA VIDA APÓS A QUADRATURA URANO/PLUTÃO
ESCOLHENDO A BEIRA DO PENHASCO
NA VIDA APÓS A QUADRATURA URANO/PLUTÃO
Sarah Varcas
20/04/2015
Urano e Plutão tiveram bastante tempo para se manifestar desde 2012, quando começaram a formar sua longa quadratura, que atualmente está se desvanecendo na história. O impacto dessa quadratura, que abalou a vida de inúmeras pessoas, foi impossível de se ignorar.
Para muitos, olhar para a vida que levavam antes de 2012 é como olhar para uma pessoa diferente, quase irreconhecível, em alguns casos. Tantas coisas mudaram, interna e externamente, que a ideia de um renascimento total não é tão drástica para descrever os eventos dos últimos anos.
Muitas pessoas foram despertadas à força por essa quadratura, obrigadas a se defrontarem consigo mesmas, com suas vidas, com as consequências das escolhas feitas anteriormente e com o impacto de viverem por tanto tempo uma vida pela metade, nas sombras das possibilidades.
Foi uma época de traumas e êxtase, de desafios e libertação.
Poucos se mantiveram intocados.
A Iniciação à Era Aquariana começou verdadeiramente.
Entretanto, como todas as Iniciações, isto é só o começo, não a história completa; e a força verdadeira nasce de sabermos como reagir depois que a intensidade passou e a fase seguinte teve início. É neste ponto que nos encontramos agora.
Os temas energéticos dos últimos três anos estão se dissipando e mudando, transformando-se em algo totalmente diferente. Urano e Plutão estão separando seus caminhos, desligando-se um do outro. Isto indica uma separação dentro de nós também, pois assim como é em cima, é embaixo. As mudanças vêm com novos disfarces agora e precisamos reconhecê-las quando chegam à nossa porta.
Urano e Plutão são pesos pesados planetários extremamente poderosos.
Juntos eles pressagiam o nascimento de ciclos globais e mudança social maciça.
Quando dois planetas estão em quadratura, somos forçados a tomar atitude ou suportar intensidade e frustração crescentes. Nosso ambiente constantemente nos bloqueia e tolhe, nos encurrala num canto, afasta-nos de onde deveríamos estar, até que assumamos a responsabilidade por nossa própria vida e façamos as mudanças necessárias ao verdadeiro progresso e à transformação profunda.
Plutão rege as sombras, aquelas partes nossas que evitamos, ignoramos, negamos e projetamos nos outros.
Em quadratura com Urano, Plutão nos mostrou os resultados de agirmos assim, quando nossas sombras ressurgiram várias vezes para nos encontrar do lado de fora, confrontando-nos com as consequências de tentarmos ser alguém que não somos, ou de recusarmos reivindicar nossa autonomia, de vivermos mediocremente em segurança quando precisávamos romper com tudo e arriscar-nos pela liberdade.
Urano, o Grande Despertador, cria uma ruptura radical. Ele não exige nada além da verdade, independentemente de quão chocante ela seja. Ele percebe um futuro no qual não existem mentiras, nem medo e nem repressão. Esta perspectiva pode parecer perigosa no nosso mundo, tal como está atualmente, mas Urano não é deste mundo e não abandonará sua programação para acomodar nossas aspirações terrestres limitadas.
Esta é a verdade de se trabalhar com forças cósmicas: elas exigem de nós generosidade e grandeza, não em termos de aclamação egoica e narcisista, mas de sermos suficientemente grandes, sábios e poderosos para olharmos além das limitações da mente do ego e enxergarmos algo além da nossa imaginação.
Elas exigem que vivamos na beira do penhasco da vida, na própria fronteira das possibilidades, onde somos eternamente desafiados a ir mais adiante. Elas exigem integridade profunda, honestidade inabalável e disposição para mudar de maneiras que podem parecer impossíveis do nosso atual ponto de vista.
Quando gigantes como Urano e Plutão estão em quadratura um com o outro, apesar da intensidade incrível de suas ações, nós, de certa forma, somos mais capazes de reagir. Simplesmente não temos escolha e acabamos encontrando dentro de nós o que precisamos para fazer o que eles exigem. Até mesmo – e especialmente – quando acreditamos que não o conseguiremos.
Para todo o estresse e dor de suas ações em nossa vida, o resultado também vai muito além da nossa imaginação mais ousada, pois descobrimos uma força que nunca soubemos que tínhamos, opções que nunca imaginamos que pudessem existir para nós e uma vida a nos esperar, que reanima todas aquelas nossas partes internas antes abandonadas para definhar e morrer.
É difícil, com certeza, mas as mudanças pelas quais passamos, quando nos oferecemos para estes processos de transformação profunda e duradoura, faz com que a oferenda valha a pena. Os sacrifícios feitos são reembolsados muitas vezes na moeda da sabedoria, liberdade e presença verdadeira em meio à nossa vida misteriosa.
O que começou com tragédia e trauma torna-se renascimento e vida nova.
Contra todas as probabilidades, nós ressurgimos das chamas para viver um outro dia.
Esta foi a história para tantas pessoas nos últimos três anos. Este mês essa história começa a mudar, à medida que a quadratura entre Urano e Plutão se dissolve. Conforme estes planetas autoritários separam seus caminhos, o impacto deles se modifica e nós os encontraremos em outras situações no caminho à nossa frente.
Mas não será mais o caso de termos que encontrar o outro sempre que encontramos um deles. Eles não são mais uma equipe. Sim, Urano, ainda quer jogar tudo para o ar, e Plutão continua revelando as profundezas mais escuras para irradiar luz sobre elas. Mas cada um está fazendo as coisas a seu próprio modo agora e isto quer dizer que devemos nos adaptar a esta nova situação.
A vida não nos forçará tanto quanto estava forçando. Não será mais o caso de “não posso esperar mais nenhum minuto; simplesmente tenho que mudar de qualquer jeito.”
Vamos ter que tomar algumas decisões conscientes e arriscadas, nascidas não de uma necessidade urgente (mudar ou morrer!), mas de um conhecimento interior profundo de que, se quisermos participar plenamente da evolução deste planeta, nós simplesmente temos que fazer o que precisa ser feito e ponto final. Isto é nosso direito inato e, ao mesmo tempo, nossa obrigação como guardiões deste tempo e lugar.
A partir deste momento, aos poucos ficará mais fácil evitar mudanças, encontrar desculpas para não realizá-las, afundar novamente em velhos hábitos com uma abundância de justificativas para agir assim. A escolha é nossa agora, mais do que era antes, simplesmente porque não será tão difícil permanecer parado, estagnado. Realmente depende de nós.
Plutão ainda virá para revolver a escuridão, e Urano ainda estará martelando em nossa cabeça e gritando “ACORDE ANTES QUE SEJA TARDE!!”, mas, de certa forma, será mais fácil ignorá-los. Nossas defesas estarão mais fortes, nossa negação e/ou autoengano estarão mais eficientes. Se desejarmos simplesmente uma “vida fácil” é mais provável que consigamos uma agora.
Porém, fácil não é necessariamente melhor. E depois de algumas decisões que nos levam a manter nossa segurança, a sair do ringue, a ficar parados em vez de mudar, é possível que comecemos a olhar ao redor e perceber que fomos deixados para trás, que companheiros do caminho estão muito à frente, que o potencial definhou, as possibilidades antes à mão estão agora fora do nosso alcance.
A urgência diminui à medida que a quadratura entre Urano e Plutão se desfaz. O que não significa que a mudança não é necessária, mas simplesmente que temos mais opções em nosso papel de agentes dela. Podemos dar um passo para trás da beira do penhasco, se assim escolhermos. Podemos sair da luta, proteger-nos internamente e fincar os pés no chão, recusando-nos a mover de novo.
“Os últimos três anos foram uma jornada e tanto!
Agora já fiz minha parte, obrigado! Passe para outra pessoa!!”
Mas vocês são “a outra pessoa” … assim como eu… assim como todo mundo. Nós somos essa “outra pessoa” para quem é passado o bastão para a próxima fase da corrida. Se descobrimos que a pressão foi desligada e que a vida oferece uma cláusula “sair” quando as coisas ficam difíceis, isto não quer dizer que essa cláusula seja a melhor opção, mas simplesmente que agora o desafio está nas escolhas que fazemos e não na nossa capacidade de aguentar quando a mudança é inevitável.
Cabe a nós decidir como proceder daqui para frente; se nos contentamos com o que temos ou se assumimos nosso papel de Agente Evolucionário a longo prazo. Sempre temos uma escolha e sempre haverá forças e fatores diferentes que a influenciem. Urano e Plutão nos conduziram através das chamas, mas agora eles tomam um rumo diferente.
Ainda tão poderosos, transformativos e libertadores como antes, eles vêm agora individualmente, convidando-nos a entrar em sua dança da sombra e sua assustadora jornada da liberdade. Mas são menos insistentes, menos exigentes. Sua intensidade subirá e descerá como sempre, mas a urgência, que dava a sensação de “mudar ou morrer!”, está desaparecendo.
Agora, estamos entrando na fase seguinte, onde escolhemos a mudança radical porque sabemos que ela é a única maneira de realizarmos nosso potencial evolutivo, e não porque simplesmente acreditamos que não temos outra escolha. Sempre temos uma escolha. E nunca foi tão importante que escolhamos a opção mais sábia, como é agora.
Por favor, respeite os créditos ao compartilhar
http://stelalecocq.blogspot.com/2015/04/escolhendo-beira-do-penhasco.html
© Sarah Varcas www.astro-awakenings.co.uk
Fonte: http://astro-awakenings.co.uk/on-life-after-the-uranuspluto-square
Tradução Vera Corrêa veracorrea46@gmail.com
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