domingo, 19 de abril de 2015

EXPECTATIVAS? NÃO OBRIGADO!


EXPECTATIVAS? NÃO OBRIGADO!
Por Vinícius Francis



Hoje eu quero conversar sobre algo que cai bem dentro do tema prosperidade, que tem sido um assunto forte nos últimos dias, até por conta do material novo que lançarei no máximo na semana que vem sobre magia. E nele, abordamos mais uma vez a questão da abundância, mas de uma forma ligada à excelência espiritual, ao comportamento interior mesmo.

E eu até gostaria de ter trazido o assunto deste texto em forma de áudio, mas na reta final da elaboração dos cursos (porque são dois em um), tem sido inviável na questão do tempo. Então, vamos falar sobre expectativas.


Hum, quem nunca teve, né? Porém, ela pode ser uma inimiga no que diz respeito à prosperidade. Claro que há vários tipos de expectativa e podemos levá-la para muitos âmbitos da vida, contudo, aqui eu vou focar na expectativa em cima das pessoas e da relação que temos com elas.

É onde mais a gente se compromete, infelizmente. Nossa, como esperamos dos outros, como colocamos nos outros tanta coisa e ao mesmo tempo tamanha responsabilidade! O ser humano sempre se compensando em alguém, sempre esperando de alguém.

E expectativa nada mais é do que a ilusão que eu faço acerca de uma pessoa ou de um possível comportamento dela. Aí, eu acredito nessa ilusão, conto com ela como se o outro tivesse que seguir isso. Só que na maioria das vezes, ele não vai seguir. Resultado: Desilusão, dor, sofrimento, cara na parede. E vamos lá pra baixo.

E isso de criar expectativas com as pessoas, atinge relacionamentos amorosos (bem forte), relação com a família, trabalho e até mesmo com amigos. Esperamos, jogamos, lançamos algo que é nosso nos outros e esperamos que eles banquem isso. O problema é que contamos que eles farão aquilo que queremos, esse é o erro grave. Porque cada um faz o que sabe, dá o que tem e reage como pode.

Ah, mas quando a gente se enfia nessa loucura de contar excessivamente com algo que venha de outra pessoa não percebe isso! Não quer nem saber! Preferimos adotar o “deveria, deveria, deveria”. Ele deveria isso... Ela deveria aquilo...Eles deveriam aquele outro.

E, no final das contas, ninguém fez nada do que esperamos e o nosso excesso de ansiedade em cima da situação se transmuta em profunda frustração (rimou). E ela nos joga onde? No fundo do poço. Aí lá, a gente precisa aprender a se comprometer novamente conosco e nos puxar de volta. Até porque ninguém vai fazer isso pra nós.

Não que as pessoas sejam ruins, elas até nos ajudam. Nós é que esperamos demais e tentamos ignorantemente colocar nas mãos de alguém o que é de nossa responsabilidade. O outro é que tem que se preocupar com o seu sentimento e com seus sonhos? Não, é você.

Ninguém está aqui pra segurar a nossa barra, essa é uma tarefa individual. Até porque o outro tem também o destino dele, é um ser humano como nós e precisa lidar consigo mesmo. E além de ter que lidar consigo, ainda deve carregar a gente no colo? Ah ta! Olha aí, é isso o que faz a nossa vida parar ou pior, andar pra trás.

Ao abraçarmos aquela de: Eu gostaria que as pessoas fossem mais amáveis comigo, que me compreendessem, me aceitassem... Hiii, aquele papinho de gente folgada né? De gente pobre, claro!

Prosperidade não combina com pessoas que não se auto compensam. Gente que vive esperando dos outros está constantemente com as mãos abertas em posição de mendigar o que vem de fora. E quem mendiga é porque não tem, se não tem é porque não está se dando e isso vai produzir o quê? Falta, insucesso.

Porque a energia que poderia ser usada a favor do progresso está fluindo excessivamente na direção dos outros, esperando, exigindo, cobrando e claro, criando desilusão. E frustração é quando a energia de pico, ansiosa, murcha como um balão. E viramos aquela bexiga mole, sem ar, jogada no chão.

Aí a gente quer morrer!
Aí o mundo é ruim e o povo, insensível.

Que nada, a gente é que é "ingênuo" (burro) mesmo de colocar o nosso tesouro na mão de quem não pode valorizá-lo. Porque só nós podemos reconhecer o valor de nossas coisas e só nós podemos sentir em completude a beleza do nosso mundo.

E querer que o outro veja isso é ignorância nossa. E pior, geralmente, esperamos de quem menos pode dar. Às vezes a pessoa não tem nem pra ela e você ainda quer que ela te dê! Vai dar o quê? Ela não tem nem pra si, vive alienada e sem posse! O que podemos esperar de pessoas assim? Nada.

E agora, de nós, o que podemos esperar?
Tudo.

Ou melhor, podemos nos dar tudo, se quisermos, realmente.

Um dia, orientando um sujeito, ele me falou sobre a relação dele com seu companheiro afetivo, que estava em crise com muitos altos e baixos, frustrações, decepções e pior, eram sócios num negócio. Aí, além da relação amorosa pobre que tinham, ainda precisavam lidar com questões de trabalho.

Você imagina a bagunça que era isso! Aí, eu falando com ele sobre expectativas no sentido de cortá-las, de aceitar a realidade (já que ele queria manter a relação), sabe o que ele me disse?

_ Ah, mas eu acho que se a gente não tiver expectativas, a vida perde o colorido.

Que colorido? Que cor tem isso gente? Pelo amor de Deus, como viver esperando e se iludindo pode ser colorido? O que eu faço com isso? Nada. Que projeção esperar de alguém pode me dar? Nada.

Que sentido pode ter viver se debatendo com alguém numa relação, seja ela qual for e como for, onde eu não aceito o outro como ele é, onde eu não me preencho, não cuido de mim e projeto tudo isso na pessoa? Esse é o colorido? Deus me livre, então, prefiro viver no preto e branco.

Esse é um comportamento ridículo da nossa parte. O outro me dar, o outro me amar, o outro ser pra mim o que eu quero ou o que eu preciso! Ah, que criancisse, vê se cresce pelo amor de Jesus, se você pensa e vive assim!

Porque enquanto você não assumir o posto de provedor de suas emoções, sentimentos, sonhos e vida nada vai pra frente como poderia ir. Ponha a sua energia em você, meu caro, pare de esperar que alguém faça isso em seu lugar.

Você nasceu só e, do mesmo jeito, vai deixar esse mundo sozinho, então, é você mesmo querido, que precisa pegar a coisa e assumir, fazer ir, dar força, dar poder e importância.

E quando voltamos essa atenção pra nós, os poderes da vida fazem o mesmo.
Aí nossas coisas começam a andar.

Agora, tire de você o foco e ponha no outro pra ver o que acontece! Eu já vivi isso. Eu já cometi esse erro de viver comendo farelos de quem não tem nada pra me dar. Mas eu estava lá, com a mãozinha estendida. E depois a gente quer enriquecer e melhorar de vida. Aham! É, né?

Primeira regra, autovalor. Esperar? Não mesmo. Contar com o outro? Até certo ponto. Ficar na expectativa do indivíduo mudar pra ficar bom pra mim? De jeito nenhum, quero não, dispenso. Eu prefiro fazer isso pra mim, por mim. Prefiro eu mesmo colorir a minha vida a ter que ansiar as cores de alguém, até porque os tons da minha alma só quem conhece sou eu (olha a filosofia).

Quando a gente se dá tudo, aí sim, tem pra dividir com o mundo, com a sociedade, com as pessoas. E é até uma postura de respeito com o semelhante. Você fica aí levando a sua vida e eu fico aqui levando a minha, se der pra gente trocar algo legal, ótimo, vamos trocar. Mas aí vai ser troca e não compensação, porque eu seguro a minha barra e você a sua, olha que ótimo!

E é isso queridocos, eu sempre escrevendo demais, mas é porque a conversa vai empolgando.

Bom, o recado eu semeei, dê seu melhor pra você e faça, com o seu sentido de viver, sua jornada ser realmente significativa. Quando estamos cheios do nosso Bem nos transformamos automaticamente num ímã que atrai somente os que estão nesta mesma faixa.

Os conectados com o Bem atraem outros que estão de igual modo alinhados e os desconectados ficam constantemente se debatendo com os que também não se encontraram ainda.

Seja feliz!



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http://stelalecocq.blogspot.com/2015/04/expectativas-nao-obrigado.html
Fonte: Os Filhos da Alva

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