COMO DAR SENTIDO À VIDA?

COMO DAR SENTIDO À VIDA?
Por Silvia Malamud


O que você espera da sua vida?

A pergunta por si só, indiscutivelmente, já se refere a um estado vazio e passivo em que a maioria de nós vive... ou sobrevive, quem sabe...

O fato é que estar acordado é para poucos, para bem poucos de nós.
Passamos a maior parte das nossas vidas literalmente dormindo e sequer sabemos disso.

E, quando olhamos para fora, quem dá todo o colorido são as nossas vivências anteriores e, pior, o que nos marca sobremaneira e que manifesta nossa realidade quando não nos visitamos interiormente, são nossas parcas percepções referentes ao início da vida, do tempo em que ainda não havíamos desenvolvido habilidades maiores para sobrevivermos.

A maioria de nós desperdiça toda uma vida ao se identificar cegamente com seus próprios diálogos internos e como zumbi transita entre as pessoas narrando suas histórias de diversos modos diferentes, mas sempre recheadas com os mesmos dramas emocionais que ininterruptamente se repetem.

Viemos para cá com uma fantástica máquina biológica e não fazemos uso dela!

Esquecemonos de que somos o carro chefe deste equipamento extraordinário, mas para poder dirigi-lo com maestria, devemos, além de conhecer o que nos move e como funcionamos, afinar o sentir e a partir de então nos motivarmos para mudar de rumo através do exercício da Vontade, conceito muito diferente de tudo o que possa significar desejo.

Pelo desejo simples e puro, tornamo-nos muito mais próximos dos animais instintivos e irracionais do que podemos imaginar. A satisfação imediata do impulso dos nossos desejos nos leva a vícios indescritíveis e, por fim, à degradação de nosso próprio sistema e de todas as infinitas possibilidades que poderiam ter sido realizadas.

A princípio, dirigir a própria vida não é fácil, trata-se de um acordar complexo e trabalhoso, mas que, ao longo do tempo, oferece inquestionável satisfação pessoal. Saber dizer não a si mesmo, quando um desejo quer nos levar a fazer coisas que a priori sabemos que não serão tão boas para nós, é uma das travessias a serem conquistadas por quem decide trilhar a jornada do autoconhecimento.

Quando se cede, ativamos em nós algo como se fosse (e talvez até seja) um eu enlouquecido, ávido por prazeres, tomando posse do nosso verdadeiro eu e das nossas melhores possibilidades de vir a ser.

Ter consciência sobre o que ocorre e agir na contramão desse tipo de manifestação desmedida é produto de uma séria e concreta busca de si mesmo. Trata-se de uma tarefa trabalhosa, determinada, que tem a duração de toda uma vida.

E todos nós estamos preparados para este encontro com nosso Eu interior. Basta intencionalmente escolher olhar para dentro a fim de se autoconhecer, entrando em contato com o que nos move e, a partir deste ponto, ativar o poder da Vontade.

Este caminho fica facilitado quando é iniciado junto a algum grupo em sintonia, ou em processo terapêutico eficiente.

Boa Jornada!



Fonte: STUM